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PARA ler e PENSAR...

Canadianos “fintam” regras sanitárias: Muitos canadianos estão a tirar partido de um “buraco” nas normas sanitárias aplicadas a quem pretende (re)entrar no Canadá por via aérea, de modo a “contornarem” os três dias de quarentena obrigatória que são exigidos, em hotéis especificamente designados para o efeito e, desse modo, pouparem os cerca de 1.655€ que tal acarreta. O “truque” é voarem para os aeroportos americanos mais próximos da fronteira e, depois, entrarem no país por via terrestre (de automóvel ou, como começa a acontecer amiúde, a pé). (30.04.2021)

Vacinação impulsiona o Turismo: Se dúvidas houvesse elas começam a dissipar-se à medida que os planos de vacinação vão progredindo nos destinos onde a inoculação da população tem avançado mais depressa. É o que está a acontecer com Nova Iorque que, antes da pandemia, era um dos mais vibrantes destinos turísticos do Mundo. Presentemente, a “cidade que nunca dorme” está a registar uma subida nos preços e na ocupação hoteleira, a assistir a um aumento dos turistas que apanham o barco para irem até à Estátua da Liberdade e a ver o número diário de visitantes do Metropolitan Museum of Art disparar de 4.000 (após ter reaberto portas no Verão passado) para 7.000. (26.04.2021)

 

Vale (quase) tudo para captar turistas: Pelo menos é o que a nova acção de promoção turística a ser lançada pelo Governo de Malta nos próximos dias, deixa antever. Com o objectivo de recuperar mais rapidamente os fluxos turísticos internacionais, aquele destino mediterrânico propõe-se pagar (!) aos não-residentes que o queiram visitar. Assim, os que aí permaneçam 2 ou mais noites num hotel de 5 estrelas receberão 200€, se escolherem um de 4 estrelas o valor descerá para 150€ e se optarem por um de 3 estrelas terão direito a 100€. Contudo, estes valores podem ainda sofrer uma majoração de 10% caso seja incluída uma visita à Ilha de Gozo. Resta acrescentar que com esta campanha Malta espera atrair 350.000 turistas, revitalizando uma economia para a qual a actividade turística contribui com 27% do total das receitas. (21.04.2021)

Passaportes/Certificados sanitários Vs Privacidade: Um recente estudo levado a cabo pela empresa de pesquisas internacionais Censuswide, encomendado pela multinacional de tecnologia Amadeus, veio demonstrar que a vontade de viajar por parte dos consumidores é crescente, uma vez que, uns esmagadores 91% manifestaram-se favoráveis à criação e utilização de um documento sanitário digital para poderem deslocar-se com maior facilidade. No entanto, muitos foram também (quase em igual percentagem) os que expressaram preocupação quanto à privacidade dos seus dados pessoais. (14.04.2021)

Inovação turística com a sustentabilidade ecológica em mente: Actualmente, construir um hotel flutuante de luxo já não é propriamente algo inovador… Contudo, se ele for dotado da capacidade de produzir a sua própria energia, então aí o caso muda de figura! E é exactamente isso que irá acontecer no Catar (Médio Oriente), onde irá começar a ser edificado o primeiro eco hotel do Mundo capaz de gerar a sua própria electricidade, através da rotação constante sobre si mesmo (360º), de acordo com o garantido pela empresa turca (Hayri Atak Architectural Design Studio) que concebeu este inovador conceito. Com uma área total de construção de 8,6 hectares, totalmente em cima de água, esta opulenta unidade funcionará como uma espécie de turbina hidroeléctrica gigante, à qual acrescerão 55 aerogeradores (moinhos de vento) que também produzirão energia. Resta dizer que a ambiciosa e ambicionada inauguração está prevista para 2025. (07.04.2021)

Nos Estados Unidos da América (EUA) os Parceiros Sociais assumem papel fundamental para a retoma do Turismo: Numa iniciativa sem precedentes, Associações Empresarias e Sindicatos uniram esforços para instar o Governo norte-americano a juntar-se-lhes na criação e definição de normas que visem a reabertura do país ao Turismo internacional, provando ao Mundo que é sempre mais importante aprofundar-se o que une… do que o que divide! Do “caderno de encargos” elaborado em conjunto sobressaem: a defesa da criação de Certificados Sanitários digitais e uniformizados, para uso interno e externo; a permanente actualização por parte das Autoridades de Saúde dos diferentes Estados sobre quem já foi vacinado e que, por essa razão, pode viajar em e com segurança; e, a elaboração de um roteiro que vise o levantamento das restrições às viagens internacionais de e para os EUA. (03.04.2021)

O que se passa em (Las) Vegas… não deve lá ficar: Pelo menos neste caso, já que pode tornar-se um excelente exemplo para os demais destinos turísticos. Isto para referir que à medida que os casos de infecção por CoViD-19 vão diminuindo e uma maior percentagem da população norte-americana vai sendo vacinada, os turistas começam a regressar em grande número aos hotéis e casinos da cidade, que assim vêm as suas taxas de ocupação e tarifas diárias subir significativamente, arrastando consigo as salas de espectáculo e o sector da restauração, não obstante o cumprimento das necessárias medidas de segurança sanitária. De acordo com o Las Vegas Convention and Visitors Authority, presentemente o maior obstáculo que o destino enfrenta é a manutenção do distanciamento social nos diversos equipamentos turísticos, tal como evitar grandes aglomerados de pessoas, embora afirme que no início do Verão já será possível que os diferentes estabelecimentos consigam operar na sua máxima capacidade (100%), a manter-se o actual ritmo de vacinação. (29.03.2021)

Depois de Braga, Portugal: Pode dizer-se que estamos em perfeita comunhão com os utilizadores do site European Best Destinations, pois após terem eleito a “nossa” cidade de Braga como melhor destino europeu para viajar em 2021, chegou a vez de o país capitalizar mais um reconhecimento internacional, dado que também acabaram por o seleccionar como destino turístico preferido para visitar este ano, colocando-nos à frente de competidores de “peso” como a França, a Grécia, a Itália e a Croácia. Num ano em que os fluxos turísticos ainda não abundarão, estes “prémios” devem por todos(as) ser saboreados, mas igualmente responsabilizar os nossos comportamentos neste final de confinamento, para que possamos ter um Verão com mais turistas. (24.03.2021)

Extensão da devastação causada pela pandemia no Turismo norte-americano: De acordo com um relatório realizado pela USTA – United States Travel Association e pela conceituada consultora de Oxford Tourism Economics, no ano passado as perdas da Actividade Económica do Turismo ascenderam a 1,1 biliões de dólares, que correspondem a 42% do seu valor total naquele país. Consequentemente, a contribuição do Turismo para a economia dos Estados Unidos da América (EUA) caiu dos 2,6 (em 2019) para 1,5 biliões de dólares (em 2020), deixando de empregar qualquer coisa como 5,6 milhões de pessoas, ou seja, sendo responsável por 65% do desemprego causado directamente pela presente pandemia. (18.03.2021)

Demora na retoma das viagens de negócios pode vir a tornar-se permanente: Pelo menos é esta a opinião da GBTA – Global Business Travel Association suportada no facto do impacto da pandemia neste segmento das viagens estar a revelar-se 10(!) vezes superior ao provocado pelos ataques terroristas do “11 de Setembro” ou pela crise financeira do Verão de 2008. Ainda de acordo com esta organização as empresas referem o corte de custos, a vontade de contribuírem para a redução das emissões de carbono e o conforto – e conveniência – proporcionado pelas teleconferências, como argumentos principais para restringirem as viagens de negócios, mesmo após passar a ser seguro viajar. (15.03.2021)

Vontade de viajar continua a aumentar: Uma recente análise feita às palavras mais procuradas no Google, o principal motor de busca do Mundo, sublinha que o interesse em viajar, a par do optimismo relacionado com a vacinação, está em franca ascensão. A comprová-lo está o facto de expressões como “hotéis”, “cruzeiros”, “voos”, etc., estarem a aparecer entre 25 a 50% mais vezes nos últimos três meses, do que até então. Portanto, a procura não só existe, como há, comprovadamente, um interesse real por parte dos consumidores em voltarem a adquirir produtos e serviços turísticos, tão rápido quanto possível. (10.03.2021)

Um bom exemplo que nos chega de Itália: Uma das primeiras grandes consequências do Governo italiano de iniciativa presidencial, que recentemente tomou posse, foi o mesmo ter passado a incluir na sua orgânica um Ministério (só) do Turismo. Embora a justificação oficial para a sua criação resida na necessidade imperiosa de relançar a actividade que, não é demais recordá-lo, foi a área da economia mais afectada pela pandemia, a verdade é que, simultaneamente, esta decisão vem exorcizar o argumento político usado por cá (que tantas vezes me foi – e é! – invocado), que não teria sentido constituir um em virtude de não existir em nenhum outro país da União Europeia. Como se vê só é preciso vontade, querer… e coragem política! E mais importante tal decisão se torna quando é tomada por um ex-Presidente do Banco Central Europeu (BCE), ou seja, por alguém que compreende melhor do que a maioria o funcionamento da(s) economia(s). Parabéns Senhor Mário Draghi!!!

 

A “bazuca” americana: Quer se queira, quer não, a União Europeia (UE) ainda tem muito a aprender com os seus vizinhos do outro lado do Atlântico, os Estados Unidos da América (EUA), tanto colectiva, como individualmente, no que toca a estímulos ao Turismo. É que lá, ao contrário de cá, mesmo “descontando” os apoios dados directamente ao sector da aviação, a actividade turística tem sido a maior beneficiária do Paycheck Protection Program, uma espécie de Plano de Recuperação Económica da UE. De acordo com a agência governamental Small Business Administration as empresas turísticas norte-americanas receberam, até ao momento, 18% do total dos apoios disponibilizados, traduzidos numa verba que ascende a mais de 18.000 milhões de dólares. Qualquer comparação com o que acontece no seio dos 27, seja em proporção, seja em comparação com os países que mais “precisam” do Turismo, como é o caso de Portugal, é pura ilusão… infelizmente!

Para os mais cépticos quanto à retoma do Turismo: Muitos há que estão descrentes no regresso “em força” da actividade turística, seja como consequência da pandemia e o receio de se poder ser infectado por um qualquer vírus, seja pelas alterações dos hábitos dos consumidores, que tenderão a rejeitar os chamados “produtos mais tradicionais”. Contudo, a realidade contradiz quem assim pensa, como se comprova pelo facto da Oceania Cruises ter anunciado que o seu cruzeiro “Volta ao Mundo em 180 Dias”, com partida de Miami no dia 28 de Dezembro de 2022 e chegada 180 ou 218 dias depois (dependendo do porto de embarque/desembarque), esgotou todos os lugares algumas horas depois de ter sido posto à venda. Refira-se que os bilhetes mais baratos custavam cerca de 34.300€ por pessoa.

 

Dubai cada vez mais apostado em liderar o Turismo mundial: Há muito que é visível uma clara estratégia por parte dos Emirados Árabes Unidos (EAU), em particular do Dubai, para assumirem a liderança – e o controlo! – do Turismo mundial, transformando o seu território em muito mais do que uma mega placa giratória de fluxos turísticos, decorrente dos frutos colhidos dos investimentos feitos no sector da aviação. Os recentes dados divulgados por uma das maiores consultoras internacionais de projectos hoteleiros, a TopHotelsProjects, vêm ilustrar e confirmar esta tendência, mesmo em tempo de pandemia e com todas as incertezas que lhe estão associadas pois, presentemente e apenas no Dubai, estão em construção 150 novos hotéis, dos quais 79 têm abertura prevista para o corrente ano.

 

Igualdade de género cada vez mais presente no Turismo: Um recente inquérito levado a cabo pela Universidade de Houston veio revelar que a promoção de mulheres para lugares de chefia, em desfavor de homens com as mesmas qualificações, é percepcionada como sendo menos injusta do que a inversa. Segundo os dois investigadores que lideraram o estudo, este resultado revela uma maior consciência para a sub-representação das mulheres em posições de liderança nas actividades turísticas, bem como a necessidade e o valor social e do mercado em corrigir um preconceito de tão longa data.

 

Parques temáticos, hotéis e aeroportos na linha da frente no combate à pandemia: Os mais diversos agentes turísticos estão a oferecer-se para estarem na primeira linha da luta contra o SARS-Cov-2, como tem sido o caso de parques temáticos (Disneylândia) servirem de locais de vacinação, de hotéis acolherem profissionais de saúde e, até, aeroportos transformarem-se em postos de testagem massiva. Na opinião de muitos especialistas em saúde pública estas decisões fazem todo o sentido e podem ser uma grande ajuda, pois estes são equipamentos que estão logisticamente habituados a gerir uma enorme afluência de pessoas.

 

Companhias de aviação americanas fazem alterações às suas operações: Na sequência da invasão do Capitólio várias transportadoras aéreas americanas adoptaram de imediato várias medidas de segurança no respeitante às suas operações de e para Washington D.C., de entre as quais se destacam: o reforço do pessoal de terra, a deslocação das tripulações dos voos com chegadas ou partidas nocturnas para hotéis mais distantes do centro da cidade e a suspensão do serviço de bebidas alcoólicas em todas as ligações para e da capital do país. Vale a pena referir que outras acções estão a ser ponderadas, dado que tudo está a ser planeado em conjunto com as forças policiais e tendo em conta o dia da Tomada de Posse (20 de Janeiro) do novo Presidente americano.

 

Compra e venda de hotéis deve continuar em “banho-maria”: Pelo menos é esta a conclusão que se retira da maior parte dos estudos que vêm sendo publicados sobre a matéria. A prová-lo estão, por um lado, as grandes dificuldades sentidas por aqueles que tinham expectativa de comprar este tipo de activos a preços de “saldo” e, por outro lado, o ânimo redobrado que o aparecimento de vacinas eficazes contra o CoViD-19 veio dar aos proprietários que, assim, optam por esperar até a situação melhorar. Deste modo, as previsões de hecatombe para o sector, feitas durante a passada Primavera, acabaram por não se confirmar, e o fosso entre potenciais vendedores e compradores justifica a estagnação deste tipo de negócios.

Parcerias inéditas entre hotéis e restaurantes: Alguém alguma vez imaginou transformar suites (e quartos) de hotel em salas de jantar privadas? Se ainda não pensou nessa possibilidade, o melhor é ponderá-la pois, independentemente do sector em que desenvolva a sua actividade, esta é uma forma de poder gerar receitas que está a ganhar grande dinâmica internacional, fruto das necessidades crescentes de espaço por parte dos restaurantes, causada pela “imposição” do distanciamento social, que casa na perfeição com a baixa – nalguns casos nula – ocupação do lado da hotelaria. Para os consumidores é uma espécie de juntar o útil ao agradável, já que “podem ir” ao seu restaurante preferido, com toda a segurança, e até mudam de ambiente.

Boas notícias para a hotelaria da capital federal dos Estados Unidos da América (EUA): O próximo dia 20 de Janeiro não só está a motivar que a hotelaria de Washington DC esteja a vender quartos ao preço máximo, como muitos hotéis de luxo já se encontrem esgotados, motivando que as tarifas também subam nas demais categorias de alojamento. Apesar da pandemia e das condições climatéricas que nessa altura do ano habitualmente se fazem sentir naquela cidade, o facto é que muitos americanos não querem deixar de testemunhar ao vivo o dia – que muitos já qualificam como histórico – em que Joe Biden tomará posse como 46º Presidente dos EUA.

 

Os roubos digitais não acontecem só aos outros: No passado mês de Setembro a empresa de gestão e reservas de hotéis RedDoorz, baseada em Singapura, foi alvo de um assalto levado a cabo por piratas informáticos, que se apropriaram de uma base de dados contendo mais de 5,8 milhões de informações pessoais relativas aos hóspedes das mais de 1.000 unidades hoteleiras do Sudeste asiático que fazem parte do seu portfólio. Como se esta situação, por si só, não fosse extremamente preocupante, ela acaba de se agravar, pois os autores do crime estão agora a procurar vender no mercado “às claras” o produto do seu roubo.

Preços dos quartos na hotelaria afundaram pelo menos 17%, em 2020: Um estudo levado a cabo pelo Dertour, um dos maiores operadores turísticos da Alemanha e da Áustria, que fez a comparação homóloga (2020/2019) dos preços praticados por hotéis de todo o Mundo, chegou à conclusão que a queda mínima registada foi de … 17%, sendo que há destinos (Amesterdão, Vancouver, Bangkok e São Francisco) onde a quebra se situou bem acima dos 30%!

A última “arma” de atracção dos destinos turísticos: A escassez do número de turistas em resultado da pandemia tem levado a uma competição mais acesa entre os diferentes destinos, bem como a uma maior agressividade no marketing do que cada um tem para dar. No entanto, vários são os estudos que indicam que quem está a vencer esta “batalha” são os que oferecem seguros de cobertura médica a quem os visita, nomeadamente, os que abrangem o tratamento e repatriamento, na eventualidade de ser contraída infecção pelo novo coronavírus. As Canárias, a Turquia e a República Dominicana estão entre os casos que maior sucesso têm alcançado após  porem em prática este “novo factor de atracção”.

Os “bons ventos” turísticos que sopram na/da China: O aumento da taxa de ocupação e a subida das tarifas médias no sector do alojamento, são apenas dois dos sinais mais visíveis que sublinham a retoma turística efectiva que já se começa a verificar na República Popular da China, ao contrário do que ainda acontece no resto do Mundo. De acordo com as mais recentes projecções divulgadas pela OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, enquanto se estima que o Turismo Mundial perca este ano qualquer coisa como 1,2 biliões de Dólares, para aquela potência asiática prevê-se um crescimento da actividade turística de 1,8%, em 2020.

A “nova cartilha” dos hotéis: A convivência diária com a pandemia obrigou-nos, tanto pessoal, como profissionalmente, a adoptarmos novos comportamentos e atitudes. Com as empresas tem-se passado exactamente o mesmo. Há que abraçar a mudança e estar preparado para os novos desafios. Excelente exemplo do que acabamos de afirmar são as alterações de prioridades que se verificaram na hotelaria, que rapidamente passaram dos padrões de luxo, conforto ou conveniência, para os da saúde e segurança sanitária, reflectidos na promoção do distanciamento social, na constante desinfecção dos espaços e, até, na disponibilização de serviços médicos nas unidades. Não é por isso de estranhar que os sumptuosos buffets dos pequenos-almoços e as tradicionais happy hours, tenham dado lugar à oferta de máscaras ou de testes gratuitos à CoViD-19.

Turismo sem destino: Já é quase um lugar-comum dizer-se que viajar há muito que deixou de ser um luxo para se transformar numa necessidade  fundamental para o equilíbrio tanto físico, como psicológico, do ser humano. Se a este facto adicionarmos a crise que presentemente assola a actividade  turística, colocando em causa a sobrevivência do seu tecido empresarial, não se deve estranhar que algumas propostas, que facilmente qualificaríamos como  bizarras, (quase) inexplicavelmente acabem por ter sucesso. É o que começa a acontecer no sector do transporte aéreo, onde algumas companhias – All  Nippon Airlines, Qantas, Eva Air, Royal Brunei Airlines e, até, a afamada Singapore Airlines (ainda em fase de estudo) – já venderam passagens aéreas para voos que descolam e aterram no mesmo local permitindo, por um lado,  os passageiros “matarem as saudades” de viajar e, por outro lado, gerarem alguma receita num momento tão adverso.

À atenção dos destinos europeus: Foi sem qualquer surpresa que um recente inquérito levado a cabo pelo website de finanças pessoais “ValuePenguin” veio demonstrar que 72% dos americanos não fizeram férias este Verão e que dos poucos que usufruíram dessa oportunidade 71% viajou de carro dentro do próprio país. Contudo, esta pode ser apenas a “ponta do icebergue” no que respeita aos fluxos turísticos originários dos Estados Unidos da América (EUA) para a Europa, pois um outro relatório, desta feita elaborado pelo marketplace de seguros de viagem “Squaremouth”, indica que apesar das viagens para o estrangeiro tenderem a aumentar significativamente em 2021, é expectável que o México substitua os EUA como destino preferido dos consumidores daquele mercado da América do Norte.

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